sábado, 3 de janeiro de 2015

Ah, ano novo.
O que quero de ti?
Quero é delicadeza, quero é brisa leve...
Quero tudo que me confirme que viver pode ser simples...
Quero é que tudo desafie a lógica torpe das pressões.
Quero é essa rebeldia mansa, silenciosa, rompendo com as velhas amarras...
Quebrando os elos sufocantes.
Casando pra sempre comigo mesmo.
Eternizando um tempo novo.
O meu tempo!
Ah, ano novo...te prepara...
Estou inaugurando uma nova era...
Rica de mim. Pobre da expectativa alheia.
Me quero diáfana, e quero enxergar tudo transparente...
Pra essa brisa de renovo fácil, me trespassar...
Pra perceber o outro sem máscaras.
Pra ficar fácil gostar.
E nessa nova era de mim,
Só os entraves à fluidez não são admitidos...
Só o que me impedir de flutuar.
Porque estou levando à sério...enfim!
Essa coisa linda de me amar.
Essa coisa boa de ser feliz.
(Stadnicki) 

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.

Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.

Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.

Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.

Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.

Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.

Há eventos que marcaram, e que duram para sempre,
o nascimento do filho, a morte do pai, a viagem inesquecível, um sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.

Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.

Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.

O relógio do coração – hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.

Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.

Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.

É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças da vida.

Pense nisso.
E consulte sempre o relógio do coração:
Ele te mostrará o verdadeiro tempo do mundo.
 (Alexandre Pelegi)
 
 

quinta-feira, 10 de julho de 2014


O seu santo nome

Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão (e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 24 de junho de 2014














segunda-feira, 28 de abril de 2014


Aprenda a ouvir.
A oportunidade pode estar batendo bem baixinho à sua porta.

(Frank Tyger)